29/09/2009

DESASTROSO E LUNÁTICO SENHOR PRESIDENTE.


Há muito se diz que o cargo de Presidente da República deve estar reservado a quem tem intuição e capacidade políticas. Se não é dramático ter um tecnocrata a governar o país, é dramático ter um tecnocrata na Presidência da República.
Vejamos aquilo que eu considero ser a mais desastrosa gestão política na história de todos os Presidentes da República desde o 25 de Abril.
O Presidente afirmou que nunca desconfiou de existência de escutas na Presidência e afirmou que nunca ninguém o ouviu dizer que desconfiava estar a ser escutado pelo Governo. Conclui, depois, que para provar isso está o facto de a única pessoa que pode falar em nome da Presidência é ele e mais ninguém e ele nunca falou ou insinuou nada sobre o assunto.
Ora, caro Presidente, mas então se a montanha pariu um rato e a Presidência, como ele afirmou, sendo apenas representada por si, nunca afirmou e manifestou qualquer desconfiança em relação à possibilidade de poder estar a ser escutado, porque motivo vários jornais, em plena campanha eleitoral e pré-campanha afirmaram, referindo-se a fontes da Presidência da República, a Presidencia desconfiar disso? E porque razão o Presidente não eliminou logo o problema esclarecendo que tais afirmações eram falsas e que o essencial seria discutir os problemas do país?
Mas não foi isso que o caro Presidente fez. Cavaco Silva deixou o lume a arder e fê-lo propositadamente (sim, agora sou eu que tenho o direito a ter a minha interpretação e leitura sobre os seus factos).
Cavaco Silva deixou os jornais continuarem a prolatar insinuosas e tortuosas afirmações sobre tal desconfiança em pleno verão, a 1 mês de eleições.
Parece-lhe certo isso, caro Presidente? Por muito marcianas que as manchetes em causa lhe pudessem parecer, competia-lhe, para eliminar de imediato o problema, esclarecer imediatamente.
E não vale a pena vir agora dizer que não podia interromper as suas férias, tão ocupado estava com a análise dos vários diplomas que o Governo cessante lhe deixou (não tantos quantos os que ele mesmo deixou a Mário Soares em 1995).
Precisamente o tal superior interesse da nação que Cavaco tanto quer proteger impunha que, em Agosto, por mais marcianas que pudessem ser as manchetes jornalisticas, alegadamente motivadas por dirigentes do PS, tivesse parado de imediato com tais notícias (mandando, inclusivamente calar os seus assessores).
Aproveito para lembrar que Maria João Avilez, a uma semana das eleições, fez questão de referir que não só Fernando Lima manifestou a ideia e o receio de Belém estar a ser escutado mas também outras fontes da Presidência.
Afinal Sr. Presidente e que ficamos? Parece-lhe razoável que assessores seus deixem passar a ideia de que Belém tem receio de estar a ser escutado por São Bento, mesmo sabendo que só o Sr. Presidente pode falar em seu próprio nome?
E não lhe parece que deixar que os seus assessores manifestem livremente os seus pensamentos, considerando as suas funções de assessoria ao mais alto magistrado da Nação, pode causar prejuizos injustificados ao tal superior interesse do Estado?
Quanto à pergunta por si feita sobre se é crime o seus assessores terem opinião e colaborarem civica e politicamente nas suas áreas políticas, exercendo direitos politicos, permita-me, creia que não quero parecer estar a ensinar-lhe nada senhor Professor, mas, com humildade quero dizer-lhe, sim, eticamente deve estar vedado a quem lhe presta assessoria, pelo menos publicamente, como é óbvio.
Tudo isto para lhe dizer que este dossier, juntando a outros anteriores, têm feito do seu magistério um péssimo exemplo da gestão política ao mais alto nível!
Finalmente, mas não menos importante, gostaria ainda de deixar claro que quanto à eventual alegada vulnerabilidade dos meios informáticos da Presidencia, oh senhor Presidente! isso todos os sistemas são. Acresce lembrar-lhe que lhe fica mal deixar no ar mais essa insinuação que não honra o que tantas vezes gosta de clamar (a sua isenção e rigor). É que, como sabe, o sistema informático da Presidencia além de mais segura que a rede do Governo é, também, absolutamente independente do Governo!
Por isso, numa palavra, Sr. Presidente: ridículo.

24/09/2009

SENHOR PRESIDENTE, AO FIM DE 8 LONGOS E PENOSOS ANOS É ESTA A SINTESE DO QUE TEM A DIZER A COIMBRA?


É ridículo e não fosse demasiado triste e oco poderia ser motivo de umas boas gargalhadas num belo serão de verão.
Exigo, como cidadão eleitor em Coimbra, que a coligação POR COIMBRA (PSD/CDS-PP) que governa o meu concelho há 8 longos anos, e pretende governa-lo 12 anos, apresente um Programa Eleitoral, um Programa de Ideias, Projectos, enfim, um Manifesto do que pretende fazer Por Coimbra, sabendo já (aliás é a única coisas que sabemos) que o que pretende fazer é COM AMOR.
Bom, dava, todavia, jeito saber o que é que pretende fazer COM AMOR!!!
Pretenderá abrir COM AMOR novos concursos de recrutamento de pessoal com ligações familiares a vereadores, directores ou trabalhadores de cartão laranja?
Pretenderá nomear COM AMOR os mesmos dirigentes de sempre, fracos e submissos, a exemplo do meu melhor espécime, Eng.ª Sidónio Simões?
Pretenderá, COM AMOR, isentar ou reduzir drásticamente do pagamento de taxas algumas grandes empresas, sobretudo se amiguinhas do poder instalado, como foi notícia ao longo dos últimos anos, em resultado de auditorias realizadas na Câmara de Coimbra?
Pretenderá dar execução, COM AMOR, à amostra de Plano Estratégico para Coimbra, documento estratégico que demorou 4 anos a ser preparado, mau grado ser um documento genérico e fraco, de tal forma que poderia ser covertido e representado em banda desenhada?
Pretenderá demonstrar todo o afecto e AMOR aos trabalhadores da edilidade, promovendo uns (os submissos e bufos) e paralisando outros, sobretudo os que têm autonomia e competência e são, por isso, autónomos?
Pretenderá assumir, de novo, COM AMOR uma política cultural de divulgação de todos os ranchos folcróricos e bandas filarmónicas de todos os lugarejos de Coimbra, bem como divulgar o pensamento cultural do seu vereador da cultura publicando semanalmente artigos massadores e que ninguém quer ler sobre as suas concepções ou seus feitos, remetendo para 3.º plano uma verdadeira política de incentivos culturais que vá ao encontro de jovens artistas que precisam apenas de uma oportunidade para mostrarem o seu valor e crescerem na pintura, no teatro, nas ártes plásticas...
Pretenderá apoiar, COM AMOR, selectivamente um conjunto de associações desportivas, de preferencia lideradas por personagens de cartão laranja ou azul e amarelo?
Pretenderá continuar a matar, COM AMOR, a baixa de Coimbra, afirmando diariamente que não a quer deixar morrer?
Qual é, afinal, o seu Programa, o seu Manifesto Eleitoral?
Dele apenas conseguimos retirar o seu máximo denominador comum: é que é Por Coimbra e Com Amor!

23/09/2009

DESESPERO DE CARLOS ENCARNAÇÃO



Carlos Encarnação joga o ÁS de Trunfos, depois de ter escolhido um conjunto de pequenos Duques para trabalharem Por Coimbra e Com Amor.

Encarnação percebeu que não tem já a mesma aurea que tinha quando em 2001 encheu de esperança o concelho de Coimbra. Aliás, Encarnação já percebeu que perdeu há algum tempo o benefício de dúvida para passar a ser uma desilusão.Tem, todavia, a chamada estrelinha que só aparece a alguns:

- conseguiu colocar o seu filho varão na lista de candidatos a deputados em lugar relativamente elegível;
- conseguiu a proeza de não ter tido qualquer oposição credível nos anos londos desde 2001.

Bom, como percebeu isso, Encarnação lança uma jogada que se fosse o PS a jogá-la seria imediatamente apelidada de mentirosa e enganosa. Lança um outdoor de campanha onde esconde o seu mandatário Manuel Antunes em vez dos seus candidatos a vereadores (que ninguém conhece e, nalguns casos, infelizmente conhece).

O cirurgião Manuel Antunes (que, por acaso, conseguiu junto de Encarnação, um contrato de trabalho para a sua filha), na qualidade de Mandatário ao lado de Encarnação, aceita fazer a triste figura de aparecer em vários outdoors pela cidade, como se dele dependesse o futuro da cidade!

Este outdoor é a maior negação que Encarnação fez, sem dar conta. Inconscientemente Encarnação está a dizer-nos que se envergonha dos candidatos que escolheu e que são os únicos que, consigo, exercerão o poder.

Mostra o Mandatárioo, esconde os candidatos nos quais as pessoas poderão votar.

21/09/2009

PRESIDENTE DA REPÚBLICA DEMITE FERNANDO LIMA, O RESPONSÁVEL POR FABRICAR E "PLANTAR" NOTÍCIAS NOS JORNAIS SOBRE AS ALEGAS ESCUTAS À PRESIDÊNCIA

in Agência Lusa, 21-09-2009


O Presidente da República, Cavaco Silva, afastou hoje Fernando Lima do cargo de responsável pela assessoria para a comunicação social, que passará a ser desempenhado por José Carlos Vieira.

Segundo disse à Lusa uma fonte oficial da Presidência da República, trata-se de uma "decisão do Presidente da República".
Fernando Lima tem sido assessor e conselheiro de Cavaco Silva desde que este chegou a primeiro-ministro pela primeira vez, em 1985 e era responsável pela assessoria para a Comunicação Social da Presidência da República desde Março de 2006, quando Cavaco Silva tomou posse.
Na sexta-feira, o Diário de Notícias noticiou que Fernando Lima foi a fonte do diário "Público" nas notícias que indicavam que Cavaco Silva suspeitava estar a ser espiado pelo Governo.
O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, já tinha igualmente referido Fernando Lima como a fonte da notícia do «Público», em entrevista à SIC.

Palavras para quê?
Será que usar este tipo de expediente (usados por este assessor do Presidente da República) não é uma forma de asfixia democrática?

ENTRE O BLOCO DE ESQUERDA E O PS. DECIDO VOTAR PS


Até ao debate entre José Sócrates e Francisco Louça estive indecido quanto ao meu sentido de voto.
De facto, a lista de candidatos a deputados pelo meu circulo eleitoral, escolhida pelo Partido Socialista, é má demais para ser verdadeira!
Já todos estamos literalmente fartos de nomes como Victor Baptista, Horácio Antunes, a filha de Almeida Santos, uns jovens de que ninguém ouviu falar a não ser que se não forem eleitos não têm emprego...
Enfim!
Ora, a verdade é que, objectivamente, ao votar PS estarei a elege-los. E isto eu não queria fazer.
Porém, este acto eleitoral é demasiado importante e decidirá coisas muito mais importantes que escolher os meus representantes no hemiciclo. Decidirá entre querer um Governo do PS, de esquerda, com marcas sociais ou um Governo totalmente neo-liberal, liderado por alguém que representa o que mais de retrógrado e conservador a política portuguesa já teve.
Foi isto tudo que pesou na minha decisão, mas a "gota que fez transbordar o copo" foi o debate de José Sócrates e Francisco Louça. Cheguei a apostar com dois amigos que Louça ganharia o debate. Tinha tudo para vence-lo. Tem retórica argumentativa, é popularista KB, defrontava um Primeiro-Ministro desgastado, enfim...
Mas José Sócrates demonstrou como o Programa Eleitoral do Bloco de Esquerda é frágil e demagógico. Como é pouco consistente. Demonstrou como o Bloco de Esquerda consegue ser uma verdadeira manta de retalhos.
Demonstrou que o Bloco de Esquerda não está preparado para assumir responsabilidades governativas e demonstrou como pode ser irresponsável.
Eu percebi, claramente, que estas eleições, por muito que considere, e eu considero, como português, que o Governo de José Sócrates tinha e teve condições únicas para fazer um pouco diferente em muitos sectores.
Porém, também sou capaz de reconhecer que foi, genericamente, um Governo empreendedor e reformista e por não ter Governado para os votos enfrenta, hoje, estas dificuldades eleitorais.
Sócrates podia e devia ter mudado profundamente os métodos e práticas no seu partido, se o tivesse feito hoje, provavelmente, teria melhores candidatos e melhores candidatos garantiriam mais votos de confiança, logo, melhores resultados eleitorais.
Deputados fortes e conceituados na sociedade tornam a política mais nobre e a Democracia mais viva e forte.
Em todo o caso, neste acto eleitoral, decidi VOTAR PS.









SÓCRATES E FERREIRA LEITE EM COIMBRA












Sócrates esteve em Coimbra, Sábado. Foi um teste de força na medida em que Manuela Ferreira Leite também quis vir a Coimbra no mesmo dia.
Era e foi um teste para ambas as candidaturas.
GANHARAM OS DOIS.
Por um lado, Ferreira Leite decidiu não fazer campanha, por isso qualquer recepção em Coimbra seria uma vitória, pois seria igual a tantas outras. Sem contacto com o povo, sem beijos nem abraços, sem multidão. Tudo dentro das 4 paredes de um hotel.
Sócrates, esse que muitos querem apelidar de frio e distante, foi igual a si prórpio. Ao contrário de Ferreira Leite, Sócrates quis ter banho de multidão. Quis contactar com as pessoas, deu beijos e abraços. Foi igual a si próprio.
Por isso ganharam os dois.
Sócrates foi bem recebido em Coimbra e o pavilhão da AAC (Académida de Coimbra) na Solum, encheu para, calorosamente, receber o engenheiro.
Ferreira Leite preferiu estar entre os seus, em quatro paredes, bem acomodada e sem contacto com o povo. Preferiu falar para Presidentes de Câmara do distrito, militantes do PSD.