21/09/2009

ENTRE O BLOCO DE ESQUERDA E O PS. DECIDO VOTAR PS


Até ao debate entre José Sócrates e Francisco Louça estive indecido quanto ao meu sentido de voto.
De facto, a lista de candidatos a deputados pelo meu circulo eleitoral, escolhida pelo Partido Socialista, é má demais para ser verdadeira!
Já todos estamos literalmente fartos de nomes como Victor Baptista, Horácio Antunes, a filha de Almeida Santos, uns jovens de que ninguém ouviu falar a não ser que se não forem eleitos não têm emprego...
Enfim!
Ora, a verdade é que, objectivamente, ao votar PS estarei a elege-los. E isto eu não queria fazer.
Porém, este acto eleitoral é demasiado importante e decidirá coisas muito mais importantes que escolher os meus representantes no hemiciclo. Decidirá entre querer um Governo do PS, de esquerda, com marcas sociais ou um Governo totalmente neo-liberal, liderado por alguém que representa o que mais de retrógrado e conservador a política portuguesa já teve.
Foi isto tudo que pesou na minha decisão, mas a "gota que fez transbordar o copo" foi o debate de José Sócrates e Francisco Louça. Cheguei a apostar com dois amigos que Louça ganharia o debate. Tinha tudo para vence-lo. Tem retórica argumentativa, é popularista KB, defrontava um Primeiro-Ministro desgastado, enfim...
Mas José Sócrates demonstrou como o Programa Eleitoral do Bloco de Esquerda é frágil e demagógico. Como é pouco consistente. Demonstrou como o Bloco de Esquerda consegue ser uma verdadeira manta de retalhos.
Demonstrou que o Bloco de Esquerda não está preparado para assumir responsabilidades governativas e demonstrou como pode ser irresponsável.
Eu percebi, claramente, que estas eleições, por muito que considere, e eu considero, como português, que o Governo de José Sócrates tinha e teve condições únicas para fazer um pouco diferente em muitos sectores.
Porém, também sou capaz de reconhecer que foi, genericamente, um Governo empreendedor e reformista e por não ter Governado para os votos enfrenta, hoje, estas dificuldades eleitorais.
Sócrates podia e devia ter mudado profundamente os métodos e práticas no seu partido, se o tivesse feito hoje, provavelmente, teria melhores candidatos e melhores candidatos garantiriam mais votos de confiança, logo, melhores resultados eleitorais.
Deputados fortes e conceituados na sociedade tornam a política mais nobre e a Democracia mais viva e forte.
Em todo o caso, neste acto eleitoral, decidi VOTAR PS.









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