Outro negócio verdadeiramente ruinoso de Ferreira Leite, que aos dias que correm veste pele de cordeiro, foi o negócio que "hipotecou o país", ou seja, o polémico contrato entre o Estado e o Citigroup, feito por Manuela Ferreira Leite enquanto ministra das Finanças em 2003.
A operação já custou ao Estado português mais 3,7 mil milhões de euros de novos créditos do fisco e da Segurança Social.
O Citigroup pagou ao Estado cerca 15% do valor para ficar com créditos fiscais e de segurança que ascendiam a 9,5 mil milhões de euros.
O negócio permitiu ao governo de Durão Barroso encaixar uma receita extraordinária de 1,7 mil milhões de euros que serviu para manter o défice público abaixo do limite dos 3% do produto interno bruto em 2003. Só que a cobrança destas dívidas tem-se revelado insuficiente face às expectativas iniciais o que tem obrigado o Estado a transferir novos créditos para compensar o Citigroup.
Um negócio absolutamente ruinoso que tem um rosto: Manuela Ferreira Leite.
Os últimos dados apontam que tenham sido transferidas dívidas ao fisco e à Segurança Social adicionais no valor de 3,7 mil milhões de euros, o que corresponde a pouco mais de 30% da carteira que está no banco americano. A maioria destes novos créditos são dívidas fiscais, mas também há dívidas à Segurança Social.
O Estado poderá mesmo ser obrigado a recomprar os créditos fiscais que vendeu ao Citigroup e que entretanto se revelaram incobráveis. A hipótese foi avançada no Parlamento no início deste ano pelo juiz-conselheiro do Tribunal de Contas Freitas Pereira. O juiz lembrou que 2007 era o último ano para substituir créditos fiscais. No limite, o Estado terá de pagar ao Citigroup o que a instituição pagou pelos créditos que já não seja possível cobrar após 2005.
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