18/07/2009

VAMOS LÁ FALAR DO QUE DECIDIRÁ O MEU VOTO NAS LEGISLATIVAS.

L E G I S L A T I V A S

Nas próximas eleições legislativas há duas decisões que já tomei: não votarei à direita, pelo que votar neste PSD de Manuela Ferreira Leite está totalmente posto de lado.
Em quem votar é a pergunta seguinte?
Por um lado, este Governo do PS cometeu muito erros e falhou muito, quer do ponto de vista político, quer técnico, sobretudo em dossiers fulcrais para o desenvolvimento de Portugal. Por outro lado, também considero que nalgumas pastas houve claramente favorecimento de alguns (pessoas singulares e colectivas) fugindo ao respeito pelos princípios da igualdade e livre concorrência.
Mas a pergunta que se segue é: com Ferreira Leite algo vai mudar nestes pontos negativos? Zero. Não acredito e até acho que pode pior. Este é o ponto.
O Bloco de Esquerda não é um partido para governar, identificando este partido como um partido contra-sistema que apenas serve para termos a certeza de há uma voz incómoda se for necessário (que naturalmente sabe que só tem votos se permanecer contra-sistema). Diria que o voto no Bloco de Esquerda é um voto de insatisfação com a classe política em geral, da qual também eles fazem parte, curiosamente.
Ora o meu voto pertence, ainda, ao grupo dos indecisos. Confesso não saber ainda se volto a dar um voto de confiança ao Partido Socialista ou se mantenho o meu voto de reacção contra o que o PS fez de mal e errado nesta legislatura.
É neste dilema cívico que me encontro.
Diria que o meu voto vai decidir-se atendendo à lista de candidatos a deputados do meu circulo eleitoral que é Coimbra.
Posto de lado está o meu voto na direita, pelo que, dependendo da qualidade da lista de deputados que o PS apresentar, o meu voto será decidido entre o PS ou o Bloco de Esquerda.
De resto, e para terminar, sublinho apenas que se o PS em Coimbra insistir num cabeça de lista como o Secretário de Estado Eng.º Paulo Campos, quanto a mim dos piores do executivo de José Sócrates (autor de decisões vergonhosas como as de adjudicar, por ajuste directo, uma prestação de serviços, ao seu Gabinete, a uma empresa de um seu assessor, e que foi notícia de televisão há 2 anos, ou a de fazer passar 34 milhões de euros pela criação de uma Fundação, fugindo ao código dos contratos públicos, para pagar os pc´s magalhães à empresa portuguesa JP Sá Couto, situação que mereceu um sério aviso da Comissão Europeia que pode ainda dar graves penalizações ao Estado Português por violação do princípio comunitário da concorrência), se insistir em olhar para dentro e, para calar clientelas e oposições meramente caseiras e internas, insistir em Mário Ruivo, militante socialista ao qual desconheço profissão, capacidade técnica, capacidade de trabalho, qualidade política ou voz, se insistir em não apostar verdadeiramente em jovens quadros (militantes do PS ou não) com profissão reconhecida e respeitada entre nós, cidadãos, e continuar com nomes como Horário Antunes ou, pior, Henrique Fernandes (sobretudo depois do vergonhoso papel que assumiu na gestão do dossier autárquico para Coimbra), votarei claramente Bloco de Esquerda e José Manuel Pureza, que reconheço como um homem culto, sabedor, com profissão reconhecida e com voz respeitada.
Pelo que o repto que lanço ao PS, em Coimbra, e na qualidade de mero cidadão, é a de se preocupar seriamente com os nomes que escolher para compor a lista de candidatos a deputados.
O que se decidirá em 27 de Setembro é demasiado sério para as legislativas servirem para acalmar clientelas partidárias internas.
Sei o que se decide em 27 de Setembro. Apesar das muitas criticas que tenho para formular ao actual governo, sou capaz de distinguir o essencial do acessório e julgo ser capaz de votar PS, desde que o partido socialista em Coimbra faça o mínimo que é escolher bons quadros, bons profissionais, pessoas de saber, com voz, com capacidade de trabalho nos quais nos possamos rever.

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