11/07/2009

Listas de deputados, orgasmos e vídeos. As não acumulações.


A discussão em torno da impossibilidade de acumular candidaturas no seio do Partido Socialista só envergonha os intervenientes. É que a imagem que esses protagonistas dão aos cidadãos é a de que dependem da política para viver e que muito naturalmente contavam integrar por mais 4 longos e refastelados anos as cadeiras confortáveis da Assembleia da República, ao mesmo tempo que projectam a sua imagem como candidatos a algumas autarquias, sendo que, acredito, alguns deles no seu íntimo desejariam perder, pois as confortáveis cadeiras parlamentares serão, porventura, mais apetecíveis.
Do lado do Partido Social Democrata, em especial no circulo eleitoral em Coimbra, as coisas não estão melhor: Nuno Encarnação foi indicado pela distrital para a lista de deputados e, caso fique em lugar elegível, envergonhará Ferreira Leite e demonstrará a verdadeira estirpe e natureza de Carlos Encarnação. Ou seja: que se lixe o interesse público, o importante é resolver a vida dos seus queridos familiares!
Por outro lado, o aproximar-se das eleições legislativas traz à discussão as famosas listas de deputados por círculo eleitoral por parte de muitos cidadãos aparentemente afastados do circo político. Porém, há quem, sob a capa de uma intensa actividade profissional (que em muitos casos existe hoje porque a política lhe abriu as portas), alegadamente comprovativa dos respectivos méritos profissionais (mas que em muitos casos não é mais do que o fruto de uma enorme sorte que, mais uma vez, a política permitiu) se afastou do circo político local, mas verdadeiramente tal afastamento é apenas aparente (o que demonstra que não estão preparados para dar verdadeiramente o salto para que sejam reconhecidos pelos seus méritos profissionais. Compreende-se. Habituaram-se à política desde cedo. Nunca apostaram verdadeiramente em melhorar habilitações e a política é que lhes permitiu alguns bons contratos. Porém, dependem dela mesmo quando dela estão aparentemente fora).
Por isso é que, às portas de novo acto eleitoral, fazem-se de novo contas e contactos com quem poderá ter a uma palavra a dizer, no caso de Coimbra, na escolha dos 4 ou 5 magníficos candidatos a deputados em lugar elegível.
Bom, não se esqueçam apenas que os cidadãos não estão tão distraídos como se imagina ou desejaria.
No caso de Coimbra, onde voto, Paulo Mota Pinto é um técnico, não demonstrou , em todas as oportunidades que teve, ser bom político. Ora, apesar de um bom político ter de ser, quanto a mim, bom técnico, a inversa não é necessariamente verdadeira, sucedendo isso precisamente com Paulo Mota Pinto. Claro que se trata de um homem respeitável, honesto e, apesar das minhas observações anteriores, considero-o um bom candidato.
Do lado do PS, se a opção se chama Paulo Campos será uma catástrofe. Será a pior escolha que poderão fazer para Coimbra. Foi, quanto a mim, um dos piores membros do Governo do actual elenco governativo actual. Não me esqueço da adjudicação que fez à empresa de um dos seus assessores logo no início do Governo, não deixando boas perspectivas para o futuro.
Também aguardo com muita curiosidade a explicação jurídica que tem para dar aos portugueses em relação à criação da Fundação e a respectiva fuga ao Código dos Contratos Públicos no pagamento dos computadores Magalhães.
Como Mestre em Direito, a aguardar aprovação do projecto de dissertação para doutoramento, estou desejoso de aprender um pouco mais com este Secretário de Estado!

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