Paciência.
Não sou funcionário público, sou filho de médico e de professora, pelo que sou um cidadão comum que sempre dependeu do seu trabalho para viver e que no seu dia a dia profissional tem de provar que merece a confiança dos seus clientes.
Sempre quis ser advogado e nada mais do que isso. Fiz o curso de direito em Coimbra, Mestrado em Paris e agora aguardo aprovação de projecto de dissertação para Doutoramento em Espanha. Desde cedo tive de sair de Coimbra, minha cidade natal, e onde verdadeiramente está o meu coração, rumando a Lisboa para ser advogado. Em Lisboa integrei alguns grandes escritórios de advogados até ser recrutado, como jurista, prestando rigorosas provas de selecção para chefiar um Gabinete Jurídico de uma multinacional, em Madrid.
Não sou político (nem quero) e nunca dependi da política, dos políticos e da Administração Pública para rigorosamente nada. Sou, por isso, absolutamente livre para emitir a minha opinião sem pudor, medo ou inibição.
Como ex-advogado, jurista e professor de direito não concebo o exercício de cargos políticos e de altos cargos públicos sem a natural sujeição aos princípios da igualdade, proporcionalidade, livre concorrência, defesa do interesse público e, obviamente, ao mais importante de todos, o da legalidade. Exercer o poder para defender interesses particulares e em nome de favores partidários é para mim grave e é isso que apodrece e abala o sistema democrático.
Ora, o meu artigo de opinião, publicado hoje no semanário "Campeão das Províncias", além de verdadeiro e inatacável (e é por isso que doí), o que quis demonstrar foi a forma vergonhosa como se exerce o poder público, em Portugal, e, em concreto, em Coimbra.
O poder, que deveria ser exercido em nome do interesse público, mas que serve, as mais das vezes, para o pagamento de favores ou para o favorecimento de amizades pessoais, familiares e políticas, é usado para fins contrários aos do interesse público. Ninguém acreditará, obviamente, que aqueles recrutamentos tenham sido transparentes, porque é, no mínimo, estranho que, para cada uma daquelas vagas, primeiro tenham sido contratadas aquelas pessoas (e com aquelas ligações) por recibo verde e ajuste directo (logo sem qualquer sujeição à livre concorrência) e, depois, em concurso público, estranhamente, tenham sido as mesmas a ganhá-los.
É contra isto que me revolto como cidadão.
Fui habituado a lutar desde muito cedo para conseguir o que pretendia e almejava. Desde muito cedo fui educado a trabalhar, estudar e ser o melhor profissional na área que escolhesse. O meu pai sempre me disse que jamais "meteria cunhas" para conseguir vagas e que teria de demonstrar o meu valor e mérito sozinho. Nunca quis ficar parado e fui à luta. Licenciei-me, fiz mestrado, fui pai, fiz vários MBA´s e agora preparo doutoramento. Sempre investi em mais conhecimentos. Por isso não aceito facilitismos e preferências resultantes de relações familiares e políticas. Também não admito que os políticos usem o poder que nós todos cidadãos lhes damos para, em nosso nome, para defenderem interesses particulares e pessoais.
E até estou à vontade pois em 2001 decidi votar pela mudança, em Carlos Encarnação. Arrependi-me.
Já imaginaram a quantidade de bons profissionais, provavelmente com mais curriculum do que os familiares dos directores, vereadores e amigos do Presidente, que ficaram de fora e perderam estes concursos apenas por não terem ligações pessoais, familiares e políticas com nenhum dos senhores que hoje manda na Câmara Municipal de Coimbra? Já pensaram o quanto o interesse público também saiu prejudicado?
Será que o município precisava mesmo de biólogos? E mesmo que precisasse, seria necessário colocar o Dr. Pardal no topo da carreira? E será que precisava de geólogos? Sim, porque o que sei é que a mulher do director do Departamento do Ambiente é geóloga e entrou para o quadro da Câmara, para o meio da carreira técnica superior, mas, de facto, faz de secretária do Director Municipal da Administração do Território (diria que a Câmara fez um mau negócio pois está a pagar a uma técnica superior, meio da carreira, quando apenas precisaria de uma secretária).
Admito, também, ser difícil dar-lhe trabalho, pois não sei que funções um geólogo pode desempenhar num município? Confesso.
Tenho pena que tenha deixado os visados incomodados. Mas sendo verdade faz parte da democracia denunciar estas situações.
Felizmente posso adiantar que, exceptuando o meu pai que foi médico e investigador (falecido) e da minha mãe professora, não tenho mais ninguém na minha família que trabalhe para o Estado (nem irmã) pelo que, como se poderá perceber, estou mesmo muito à vontade!
Não sou funcionário público, sou filho de médico e de professora, pelo que sou um cidadão comum que sempre dependeu do seu trabalho para viver e que no seu dia a dia profissional tem de provar que merece a confiança dos seus clientes.
Sempre quis ser advogado e nada mais do que isso. Fiz o curso de direito em Coimbra, Mestrado em Paris e agora aguardo aprovação de projecto de dissertação para Doutoramento em Espanha. Desde cedo tive de sair de Coimbra, minha cidade natal, e onde verdadeiramente está o meu coração, rumando a Lisboa para ser advogado. Em Lisboa integrei alguns grandes escritórios de advogados até ser recrutado, como jurista, prestando rigorosas provas de selecção para chefiar um Gabinete Jurídico de uma multinacional, em Madrid.
Não sou político (nem quero) e nunca dependi da política, dos políticos e da Administração Pública para rigorosamente nada. Sou, por isso, absolutamente livre para emitir a minha opinião sem pudor, medo ou inibição.
Como ex-advogado, jurista e professor de direito não concebo o exercício de cargos políticos e de altos cargos públicos sem a natural sujeição aos princípios da igualdade, proporcionalidade, livre concorrência, defesa do interesse público e, obviamente, ao mais importante de todos, o da legalidade. Exercer o poder para defender interesses particulares e em nome de favores partidários é para mim grave e é isso que apodrece e abala o sistema democrático.
Ora, o meu artigo de opinião, publicado hoje no semanário "Campeão das Províncias", além de verdadeiro e inatacável (e é por isso que doí), o que quis demonstrar foi a forma vergonhosa como se exerce o poder público, em Portugal, e, em concreto, em Coimbra.
O poder, que deveria ser exercido em nome do interesse público, mas que serve, as mais das vezes, para o pagamento de favores ou para o favorecimento de amizades pessoais, familiares e políticas, é usado para fins contrários aos do interesse público. Ninguém acreditará, obviamente, que aqueles recrutamentos tenham sido transparentes, porque é, no mínimo, estranho que, para cada uma daquelas vagas, primeiro tenham sido contratadas aquelas pessoas (e com aquelas ligações) por recibo verde e ajuste directo (logo sem qualquer sujeição à livre concorrência) e, depois, em concurso público, estranhamente, tenham sido as mesmas a ganhá-los.
É contra isto que me revolto como cidadão.
Fui habituado a lutar desde muito cedo para conseguir o que pretendia e almejava. Desde muito cedo fui educado a trabalhar, estudar e ser o melhor profissional na área que escolhesse. O meu pai sempre me disse que jamais "meteria cunhas" para conseguir vagas e que teria de demonstrar o meu valor e mérito sozinho. Nunca quis ficar parado e fui à luta. Licenciei-me, fiz mestrado, fui pai, fiz vários MBA´s e agora preparo doutoramento. Sempre investi em mais conhecimentos. Por isso não aceito facilitismos e preferências resultantes de relações familiares e políticas. Também não admito que os políticos usem o poder que nós todos cidadãos lhes damos para, em nosso nome, para defenderem interesses particulares e pessoais.
E até estou à vontade pois em 2001 decidi votar pela mudança, em Carlos Encarnação. Arrependi-me.
Já imaginaram a quantidade de bons profissionais, provavelmente com mais curriculum do que os familiares dos directores, vereadores e amigos do Presidente, que ficaram de fora e perderam estes concursos apenas por não terem ligações pessoais, familiares e políticas com nenhum dos senhores que hoje manda na Câmara Municipal de Coimbra? Já pensaram o quanto o interesse público também saiu prejudicado?
Será que o município precisava mesmo de biólogos? E mesmo que precisasse, seria necessário colocar o Dr. Pardal no topo da carreira? E será que precisava de geólogos? Sim, porque o que sei é que a mulher do director do Departamento do Ambiente é geóloga e entrou para o quadro da Câmara, para o meio da carreira técnica superior, mas, de facto, faz de secretária do Director Municipal da Administração do Território (diria que a Câmara fez um mau negócio pois está a pagar a uma técnica superior, meio da carreira, quando apenas precisaria de uma secretária).
Admito, também, ser difícil dar-lhe trabalho, pois não sei que funções um geólogo pode desempenhar num município? Confesso.
Tenho pena que tenha deixado os visados incomodados. Mas sendo verdade faz parte da democracia denunciar estas situações.
Felizmente posso adiantar que, exceptuando o meu pai que foi médico e investigador (falecido) e da minha mãe professora, não tenho mais ninguém na minha família que trabalhe para o Estado (nem irmã) pelo que, como se poderá perceber, estou mesmo muito à vontade!
1 comentário:
Parabéns pela sua coragem.
Há que mudar Portugal!
Infelizmente, o nosso país é cada vez mais um sítio que cheira mal.
Cumprimentos.
Mário Martins
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