28/05/2009

NOVA GESTÃO MUNICIPAL EM COIMBRA PRECISA-SE. MUNICÍPIO DE COIMBRA POUCO TRANSPARENTE. NÃO ME CALAREI, ATÉ PORQUE NÃO SOU FUNCIONÁRIO MUNICIPAL!


A actual Câmara Municipal de Coimbra, para cuja actual maioria eu contribui com o meu voto, é uma Câmara pouco ou nada transparente. Pior: é uma Câmara que faz questão de falar em transparência e lisura de comportamentos mas que é precisamente o oposto disso.

Estou a falar de uma Câmara Municipal que não responde a solicitações, pedidos de informação ou de esclarecimentos. Estou a falar de uma Câmara que não fornece os documentos solicitados quando se sabe que eles são sensiveis para o poder e facilmente demonstrarão comportamentos pouco ou nada transparentes.
Estou a falar de uma Câmara que esconde, que coloca para baixo do tapete as coisas mais incómodas. Estou a falar de uma Câmara que aproveita a incompetância de alguns, a incapacidade de tantos outros e a subserviência de outros ainda para, na moita, cavalgar sobre esse poder de falta de transparência.
Não me calarei.
Sou advogado e nessa qualidade é meu dever denunciar e ajudar a denunciar, sobretudo nas instâncias judiciárias, quando for o caso.
Estou, repito, à vontade. Votei Carlos Encarnação em 2001 e em 2005 (apesar de em 2005 já sem a mesma convicção).
Em 2009 jamais o farei. O balanço destes 8 anos de poder de Encarnação, sobretudo se comparados com os de Manuel Machado, foram uma decepção esmagadora.
A equipa de vereadores é fraca, incapaz de encontrar soluções inovadores e criativas. Não tem "ar fresco". É um executivo sem soluções, agarrados ao tempo da história.
Encarnação é, afinal, um político sem ideias, um político profissional de outros tempos, sem experiência de trabalho de facto. Foi Governador-Civil, Deputado, Secretário de Estado com Dias Loureiro e Presidente de Câmara!!! Nunca cumpriu ordens. Nunca teve de apreciar tecnicamente nada. Nunca teve de gerir apresentando resultados e s3endo avaliado por isso.
Não sabe o que é trabalhar. Não é técnico nem gestor. É político, naquilo que de mais negativo tem a palavra.
João Rebelo é um vereador que peca por ser apenas técnico. Não é gestor. Tem a vantagem sobre Encarnação de, pelo menos, ter experiência de trabalho, de ter cumprido ordens, de saber apreciar tecnicamente coisas. Mas fica-se por aqui. Não tem rasgo. É um burucrata pouco dado a modernices, no pior sentido da palavra, traduzindo-se a sua acção em grande prejuizo para os munícipes.
Marcelo Nuno é um vereador jovem que já várias vezes entrou com colisão com o Presidente. É que, porventura, é o vereador com ideias mais frescas. Tem profissão e por isso sabe o que é trabalhar. O que é ter de cumprir ordens. O que é dar ordens. O que é ter de gerir para apresentar resultados. É, talvez, o único que merece da minha parte alguma simpatia e consideração.
Problema: tem o pelouro que não devia ter - Recursos Humanos. Não é funcionário público e, por isso, está a léguas das novas exigências legais.
O que se ouve dizer é que os Recursos Humanos da Câmara Municipal estão num caos, onde quem tem cartão laranja e/ou têm amizades pessoais com o Presidente vão trabalhar para o Município. Onde os trabalhadores Municipais sentem que não são valorizados e onde há dois pesos e duas medidas. Onde os cargos dirigentes são uma farsa e onde os que sujeitam às regras lambem não só papel. Onde não há uma verdadeira política de Recursos Humanos.
Marcelo Nuno deveria ter os pelouros Financeiro e Desenvolvimento Económico. É nestes que seria útil e seriam úteis as suas ideias frescas.
Os Recursos Humanos devem ser deixados a juristas com conhecimentos profundos no novo Direito Laboral da Função Pública. Mas sobretudo deve ser um pelouro atribuído a alguém insusceptível à"cunha" e aos favores. Ora isso, neste executivo, isso não é possível, com um Presidente chamado Carlos Encarnação.
Luis Providência é um vereador que, quanto a mim, fez um bom lugar mas não brilhou pelo que pouco há a dizer de negativo e de muito positivo.
Mário Nunes é o vereador dos ranchs que, por respeito, prefirirei não comentar.
Isto é Coimbra, mas é a Coimbra que eu não quero mais.

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