28/06/2009

É SEMPRE BOM RECORDAR


Ferreira Leite recebeu professores do PSD que no passado se manifestaram contra ela

A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, recebeu um grupo de professores que são militantes do partido e que disseram aos jornalistas que no passado se manifestaram contra ela, quando foi ministra da Educação.

Manuela Ferreira Leite recebeu na sede nacional do PSD um grupo de professores do partido que são também dirigentes sindicais, que incluía o presidente da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) e presidente da UGT, João Dias da Silva.

Após o encontro, os professores fizeram questão de dizer aos jornalistas que vão estar presentes na manifestação convocada para sábado, em Lisboa, contra o actual modelo de avaliação.

“Estaremos na manifestação, com cartazes, a comandá-la”, disseram, entre outros, Graziela Rodrigues, do Sindicato Nacional de Professores Licenciados (SNPL).

Os jornalistas quiseram saber se estiveram também presentes nas manifestações contra o Governo do PSD no tempo em que Manuela Ferreira Leite foi ministra da Educação.

“Estivemos presentes, sim senhora. Estamos aqui para defender os professores, para defender a classe, e não os partidos políticos”, respondeu Graziela Rodrigues.

No final do encontro, que foi pedido pelo grupo de professores do PSD, Manuela Ferreira Leite fez uma declaração em que defendeu a suspensão do actual modelo de avaliação dos professores e a aprovação de um novo modelo.

“Congratulamo-nos que tenha defendido a suspensão do actual modelo de avaliação de desempenho, apesar de sabermos que Ferreira Leite não se comprometeu com nenhum futuro sistema de avaliação futuro pois no fundo ela concorda com o essencial das medidas, o que nos pode levar a suspeitar declarou a seguir João Dias da Silva...".

No encontro com a presidente do PSD estiveram dirigentes da FNE, do SNPL, do Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (SINDEP), do Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação (SINAP) e do Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU).

Manuela Ferreira Leite foi ministra da Educação durante o segundo Governo chefiado por Cavaco Silva, entre Dezembro de 1993 e Outubro de 1995.

Lisboa, 07 Nov 2008 (Lusa) – IEL.

24/06/2009

PS DE COIMBRA CONFESSA INCAPACIDADE PARA ESCOLHER CANDIDATO


FINALMENTE HENRIQUE FERNANDES, HOJE EM CONFERÊNCIA DE IMPRENSA, CONFESSA-SE INCAPAZ DE ESCOLHER UM CANDIDATO PARA A CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA.

Pena que tenha chegado a esta triste conclusão tão tarde!
Houve candidatos disponíveis há meio ano atrás em quem eu votaria, como é o exemplo de Luís Marinho. Não o conheço e também não milito nessa associação de sábios na qual se compõe o PS de Coimbra, pelo que é inútil dizerem que tenho um qualquer interesse na sua candidatura (é sempre isto que é afirmado à falta de argumentos sérios).
Sou um cidadão com ideias e convicções próprias que até já votou em Carlos Encarnação.
Sou advogado e jurista e trabalho metade do mês em Madrid, mas Amo esta terra onde nasci: Coimbra.
Luís Marinho faz o tipo de candidato que me faria acreditar de novo. Não sei explicar a razão ou razões mas inspira-me confiança. Faz-me acreditar numa nova forma de fazer política. Numa nova forma de agir. Numa nova dinâmica de gestão. Numa forma mais arejada e cosmopolita, própria de alguém que viveu mais de uma década na capital da Europa (segundo li num jornal da cidade), onde tudo acontece, do ponto de vista das grandes decisões.
Essa vivência política obrigatoriamente enriquece o candidato e pode trazer importantes apports a Coimbra. No fundo, pode tornar Coimbra mais Europeia, mais aberta, mais cosmopolita, mais preparada e capaz de se abrir à sociedade.
Mas este PS pequenino feito de pequeninas pessoas que olham em 1.º, 2.º e 3.º lugar para os seus umbigos e interesses pessoais foram capazes da grande proeza de espantar o, provavelmenete, único candidato capaz de vencer a maioria de direita que governa o município.
Não será o único, acho mesmo que haverá muitas figuras da década de 60 e 70, que contam entre 30 a 40 anos, com profissões sólidas onde mostraram ser vencedores e que poderiam "agarrar" na cidade. Independentemente de possuírem uma qualquer militância partidária, porque acredito que há bons valores e bons quadros nos partidos, preferia, todavia, escolher os que são sistematicamente afastados pelos "aparelhos partidários", pois esses são precisamente os que dele não precisam e que estarão mais preparados pois serão vencedores na sociedade civil, ou preferia que nenhuma ligação tivessem aos partidos.

O REI DA INCOERÊNCIA: CARLOS ENCARNAÇÃO

Carlos Encarnação é o rei das incoerências, do hoje é mas amanhã poderá não ser. A diferença com outras figuras políticas prende-se, apenas, com os sempre impecáveis punhos brancos.

Relembrando...

Encarnação começou o seu périplo autárquico, em 2001, dizendo que o ideal para um autarca é fazer 8 anos de mandato. Por essa razão afirmou categoricamente que ele jamais seria capaz de fazer mais que 2 mandatos e que isso seria saudável para a Democracia.
Perguntamos nós, hoje, porque motivo fez tais afirmações tão peremptórias? Porque o rival era Manuel Machado, autarca há 12 anos.
Nessa altura deu jeito fazer algumas afirmações que mostrassem uma suposta diferença de desapego à coisa pública. Logo ele político profissional desde os 25 anos!!!

Mais tarde, enfadado com os afazeres autárquicos, para os quais revelou sempre ter pouca apetência e gosto, na defesa da candidatura de Marques Mendes a lider partidário nacional apressou-se a ser dos primeiros subscritores de uma Moção, que aliás, foi aprovada, e que defendia que autarcas ou quaisquer políticos com processos crime em curso (nunca se falou em condenados e disso é exemplo Carmona Rodrigues que apeou dos Paços do Município de Lisboa) não deveriam ser candidatos a cargos políticos públicos.

Bom, Carlos Encarnação é hoje arguido num processo feio relacionado com a venda dos CTT em Coimbra. E agora, Dr. Carlos Encarnação a Moção que apressadamente subscreveu já não serve??

22/06/2009

LOVE YOU ALEXANDRA


Look into my eyes

You will see what you mean to me

Search your heart, search your soul

And when you find me there

You'll search no more


Don't tell me

It's not worth trying for

You can't tell meIt's not worth dying for

You know it's true

Everything I do, I do it for you


Look into your heart

You will findThere's nothing there to hide

Take me as I am, take my life

I would give it all

I would sacrifice

20/06/2009

É BOM TER MEMÓRIA.

Manuela Ferreira Leite, economista, 69 anos, entrou para o PSD pela mão do Presidente da República, Cavaco Silva, seu grande amigo e principal referência política. chegou ao poder do PSD, sagrando-se a primeira mulher a chegar à presidência do partido, não sem antes ter sido Ministra da Educação e Ministra das Finanças.
Maria Manuela Dias Ferreira Leite nasceu em Lisboa a 3 de Dezembro de 1940, com 69 anos, filha de um casal de advogados e neta do protagonista do «último duelo realizado em Portugal» e autor de um Tratado de Finanças Públicas.

A tradição familiar na área das Finanças vai ainda mais longe no tempo. Manuela Ferreira Leite é bisneta de José Dias Ferreira, que foi ministro da Fazenda do rei D. Carlos, que o nomearia presidente do Conselho em 1892.

Licenciou-se em Economia pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF) em 1963 e pouco depois conheceu Cavaco Silva, com quem dividiu aulas práticas de Finanças Públicas e Economia Pública e de quem foi chefe de gabinete quando este exerceu o cargo de ministro das Finanças de Sá Carneiro.

Manuela Ferreira Leite filiou-se no PSD alguns anos mais tarde, depois de Cavaco Silva se tornar presidente do partido no Congresso da Figueira da Foz de 1985 - momento a que assistiu pela televisão.

A seguir, foi directora-geral da Contabilidade Pública, secretária de Estado do Orçamento e ministra da Educação dos governos de maioria absoluta do PSD chefiados pelo actual Presidente da República.

Depois dos governos cavaquistas, Manuela Ferreira Leite foi deputada da oposição, vice-presidente e presidente do grupo parlamentar do PSD e liderou a distrital do partido de Lisboa.

Voltou ao Governo em 2002 para ser a «número dois» de Durão Barroso, desempenhando as funções de ministra de Estado e das Finanças.

Afastou-se de cargos políticos quando Pedro Santana Lopes substituiu Durão Barroso na liderança do Governo e do PSD em 2004, tecendo duras críticas a tal solução, não obstante , aos dias de hoje, ter sido ela a responsável por trazer, de novo, Pedro Santana Lopes para um dos maiores palcos políticos portugueses, como candidato à Câmara Municipal que arruinou nos anos em que lhe presidiu (quem disse que queria "Falar Verdade" aos portugueses? e quem disse que a coerência política era o maior valor político a proteger?)

Amanhã recordarei algumas passagens de Ferreira Leite pelo governo, relembrando algumas das suas polémicas medidas e reacções que deixaram a sociedade portuguesa, à época, em estado de grande tumulto social, motivando o cognome de "dama de ferro" portuguesa.

É sempre bom tem memória, ajuda-nos a discernir!

19/06/2009

É UMA VERGONHA. HENRIQUE FERNANDES DEVERIA DEMITIR-SE JÁ.

Como não há mais palavras e quanto mais leio mais envergonhado fico com as soluções do segundo maior partido em Coimbra, dedico estas folhas em branco a todos os quadros do PS em Coimbra, para que se unam e resolvam o problema deixado por quem já deveria ter ido embora há muito tempo...
Os quadros jovens e menos jovens que têm hoje a sua situação consolidade nas suas actividades profissionais, unam-se! Escrevam nestas páginas em branco o futuro de Coimbra.

18/06/2009

OS SABIOS DO PS.


EIS OS SÁBIOS DO PS DE COIMBRA QUE JULGAM SABER INTERPRETAR MELHOR QUE O PRÓPRIO POVO DE COIMBRA O MELHOR CANDIDATO A PRESIDIR AO MUNICÍPIO.


Os nomes que abaixo se transcrevem são os que, em nome do que alegadamente é melhor para os seus concidadãos, escolherão o PAPA.


Pelo que a
Henrique Fernandes, Carlos Cidade, Paulo Penedos, Miguel Duarte, Rosa Isabel Cruz, Mário Carvalho, Elisabete Lemos, Paulo Valério, Horácio Santiago, Ana Pinto Bravo, Manuel Guinapo, Fernando Saramago, Carlos Castela, Ana Pires, Nazaré Cunha, Arménio Ferraz, Carlos Pinto, Miguel Correia, António Sequeira, Maria do Carmo Santos, Marta Gomes, João Pedro Trovão, Paulo Martins, António Vilhena, Fausto Carvalho, Ana Cristina Rosa, Fátima Rodrigues, Jorge Fernandes, José António Cortesão, José Manuel Ferreira da Silva, Catarina Lopes, Ramiro Santos, António Almeida, Elisabete Pereira, José Simões, Irene Ferreira, André Dias Pereira, Apolino Pereira, Carlos Cioga, Jorge Pinto Santos, Elsa Santos, Luísa Ramalho, António Rochette, Valdemar Pereira, José Curate, José Soares, Teresa Simões, Margarida Branco, Manuel Carapucinha, Moura e Sá, Joaquim Carvalho, Luís Filipe Pereira, Adelaide Soares, Rui Alírio, Manuela Carrito, Luís Santarino, Pedro Martins, Carla Ribeiro, Pedro Luís Silva, Mário Ricardo, Rui Bártolo e Maria do Rosário Pimentel
NÃO OIÇAM A VOZ DA RUA NÃO !!!

SIMPLESMENTE RIDÍCULA.

A conduta e as afirmações de Henrique Fernandes, Governador Civil e Responsável local pelo PS-Coimbra é simplesmente ridícula.
Sempre afirmei, em vários momentos da minha vida, que há uma coisa que me consegue verdadeiramente tirar do sério: a vitimização.
Pois foi isso que Henrique Fernandes acabou de fazer a um jornal local. Simplesmente ridiculo!
E mais ridículo se torna quando combinada com imodéstia democrática. Pois foi isso que revelou com as suas afirmações ao Diário de Coimbra de ontem.
O que revelou foi um homem que não aceita facilmente a critica, que se assume como o dono da verdade. Pois saiba que não é dono da verdade e revelou ter pouca capacidade e agilidade políticas.
A sua conduta na gestão do dossier autárquico demonstra-o, tendo sido absolutamente desastrosa. Em resultado disto, era o que faltava os cidadãos não poderem demonstrar o seu sentimento e as suas ângústias sobre o assunto.

Quem escolhe a vida política (sublinho que ninguém lha impôs, escolheu-a há décadas, por livre e espontânea vontade e não se pode dizer que tenha sido prejudicado por ela) tem de saber ouvir e respeitar a voz dos seus concidadãos (como é o meu caso), mas também do seus correlegionários.

Como cidadão, confesso, fico feliz por não ser candidato. Perderia as eleições e deixaria um conjunto de milhares de pessoas que estão fartas de Carlos Encarnação de novo sem esperança. Mas devo dizer-lhe que foi muito tarde que chegou esta sua decisão. Aliás, senti desde há meses, a partir de palavras suas e declarações a si imputadas, que não queria ser candidato. Por isso, o que fez ontem peca por demasiado tardio e acaba por hipotecar qualquer candidatura vitoriosa à Câmara de Coimbra por parte do único partido capaz de retirar da Praça 8 de Maio a maioria de direita que a governa há 8 longos e desastrosos anos.

A situação que criou deixa o PS num tal ridículo que até Carlos Cidade, ex-chefe de gabinete de Machado, tem a pretensão em se chegar à frente!!!!

Nenhum candidato a 3 meses de eleições a pode honestamente ganhar, mesmo com todas as asneiras, erros e ilicitudes de Carlos Encarnação.

Finalmente, permita-me que lhe diga, ainda, que acho inacreditável a sua afirmação de que o trabalho está feito e foi feito por si. Está feito? Só pode estar a brincar!! Que trabalho está feito senhor Dr. Henrique Fernandes? O tal trabalho invisível das freguesias pequeninas, sobretudo junto da meia centena de militantes socialistas!!!
É que para mim, trabalho feito é o trabalho que o senhor Dr. João Silva vem fazendo há 8 anos. Trabalho útil e que revela estudo de dossiers e conhecimento acertivo dos assuntos. Tanto que é o único que irrita Encarnação.
A única coisa que sou absolutamente incapaz de compreender é as razões que levam o PS a descartar o único quadro que diz verdades e com conhecimento de causa! É um mistério . . .

Confesso que nesta fase acho que o PS deveria lançar um jovem quadro. Alguém que tem servido mais do que se tem servido. Alguém com mérito profissional próprio e reconhecido na sociedade. Alguém que, mesmo que seja para perder agora, possa representar a frecura de novas ideias e novos métodos.

13/06/2009

PRECISAMOS DE QUEM TENHA CAPACIDADE DE PENSAR.


A maior competitividade das nações é a sua capacidade de pensar
Vamos, por isso, parar e pensar. Parar é fácil e estamos habituados, apesar de dar trabalho e de se ter tornado cada vez mais difícil.
Parece que o tempo urge e que estamos parados há décadas.
Aqui reside um dos nossos problemas: a produtividade provém da capacidade de pensar e não do número de horas que se fica no escritório; a produtividade provém da capacidade de antecipar os desafios futuros e não das discussões etéreas tão frequentes e tão fáceis de preparar. A produtividade provém da capacidade empreendedora individual e não das burocracias colectivas de obstáculo.

Este problema torna-se ainda mais preocupante num país como Portugal, onde a percepção sobre o passado e futuro continuam a ser incertos, onde a opinião pública é marcada pelo desalento, tristeza e saudade tão bem defendidos no fado. Há que ter a coragem de arregaçar as mangas, pensar, planear, trabalhar, produzir e gerar riqueza. Se cada um de nós o não fizer, ninguém o fará, e passaremos a ser a “argentina da Europa”.

São necessários meios para inovar no pensamento e nas ideias, são elas que fazem, de facto, andar o mundo: pessoas com capacidade e vontade de pensar. Precisamos de valorizar os Portugueses e as Portugueses com esta capacidade. Temos de ter nós mesmos a capacidade de afastar os parasitas da sociedade, muitas vezes são estes que, infelizmente, chegam a lugares de topo e direcção.

Portugal tem esta coisa inexplicável que se revela na incapacidade de reconhecer "um(a) craque capaz de inovar, de criar, de ter ideias positivas que nos levam para a frente e que nos ajudam a construir!

Por isso é absolutamente inispensável que os decisores políticos fomentem as bases para que esse activo – o saber pensar – seja valorizado pelo mercado. Não é novidade para ninguém que esse activo não é hoje valorizado, e como tal está a ser utilizado em outros países com mais visão.

Sendo o objectivo da Estratégia de Lisboa o de reforçar o emprego, a reforma económica e a coesão social no âmbito de uma economia baseada na sociedade do conhecimento, então como é que é possível que em Portugal ainda exista tanto para fazer? Uma sociedade do conhecimento não é apenas aumentar o uso da internet e incentivar a utilização de computadores.

Uma sociedade do conhecimento é saber antecipar um problema, analisá-lo, encontrar possíveis soluções, partilhá-las, ouvir opiniões e optar – ou seja é saber pensar. Para isso é necessário investir nas pessoas, na educação, na juventude, em investigação. Só assim a produtividade deste país à beira-mar plantado poderá deixar de ser a mais baixa da Europa.

Para isso é necessário que Portugal deixe de ser o pior país europeu ao nível da percentagem de jovens com ensino especializado, do investimento em Investigação & Desenvolvimento e nas taxas de risco de pobreza. Tudo isto associado com o facto de sermos a economia dos 15 com mais emissões de CO2 em 2002, e a segunda economia com maior intensidade energética, leva-nos de facto a pensar que é necessário apostar no capital humano como vantagem competitiva. Existem já provas de que esta afirmação é verdadeira.

10/06/2009

TOTAL DE INSCRITOS - 128 516 - TOTAL DE VOTANTES - 51 007 (40%)

É certo que o PS venceu a maioria das freguesias do concelho de Coimbra, mas venceu as mais pequenas. Ao PSD bastou vencer 6 das 31 freguesias para vencer em Coimbra.
Henrique Fernandes ao revelar, hoje, no Diário de Coimbra que o PS venceu todas as freguesias rurais e que isso é o resultado do trabalho do PS nessas freguesias, acabou por confessar um erro estratégico gritante. Deveria ter iniciado a sua "alegada vitoriosa estratégia" precisamente nas freguesias que ganham eleições. Claro que estas freguesias urbanas não funcionam com o "porta a porta" das freguesias rurais. Estas freguesias são mais exigentes, mais urbanas.
É mais difícil para Henrique Fernandes comunicar com estes eleitores, sobretudo porque não terá como explicar a desastrosa estratégia que decidiu percorrer desde que foi eleito até hoje, num "agora digo sim e amanhã digo não" que deixou cansados os eleitores. Acresce dizer que terá de buscar os seus melhores argumentos para explicar a desastrosa oposição que os seus vereadores empreenderam no mandato e a sua desastrosa condução de "líder" político da oposição à coligação PSD/CDS-PP/PPM, em Coimbra.

Porventura quando chegar à Sé Nova, São Bartolomeu, Santa Cruz, Olivais, Almedina e Santa Clara já será tarde demais. É bom não esquecer que só Santo António dos Olivais vale, eleitoralmente, 10 pequenas freguesias.

Finalmente, mas não menos importante, é analisar, à lupa, os resultados do Bloco de Esquerda, mesmo nas freguesias ditas rurais e também aconselho o PS a juntar os votos do PSD com os do CDS. Se o fizer verá que a coligação vencerá em muitas das freguesias rurais, onde o PS acabou por venceu.

ANÁLISE DOS RESULTADOS DE COIMBRA, FREGUESIA A FREGUESIA.


Almalaguês

PS = 31% PSD = 23% BE = 14%
Ameal
PS = 39% PCP = 21% PSD = 15%
Antanhol
PS = 29% PSD = 24% BE = 17%
Antuzede
PS = 34% PSD = 22% BE = 11%
Arzila
PS = 45% PCP = 17% PSD = 13%
Assafarge
PS = 31% PSD = 25% BE = 16%
Botão
PS = 48% PSD = 21% BE = 8%
Brasfemes
PS = 33% PSD = 20% BE = 12%
Castelo Viegas
PS = 29% PSD = 24% BE = 13%
Ceira
PS = 29% PSD = 28% BE = 13%
Cernache
PS = 33% PSD = 22% BE = 15%
Almedina
PSD = 34% PS= 20% BE = 11%
Santa Cruz
PSD = 29% PS= 28% BE = 15%
São Bartolomeu
PSD = 28% PS= 27% BE = 18%
Sé Nova
PSD = 39% PS= 17% BE = 15%
Eiras
PS = 28% PSD = 24% BE = 17%
Lamarosa
PS = 32% PSD = 27% BE = 14%
Ribeira de Frades
PS = 43% PSD = 21% BE = 11%
Santa Clara
PSD = 29% PS= 24% BE = 16%
Olivais
PSD = 33% PS = 22% BE = 16%
São João do Campo
PS = 37% PSD = 25% BE = 7%
São Martinho Árvore
PS = 30% PSD = 30% BE = 10%
São Martinho do Bispo
PS = 28% PSD = 25% BE = 17%
São Paulo de Frades
PS = 30% PSD = 23% BE = 15%
São Silvestre
PS = 35% PSD = 22% BE = 14%
Souselas
PS = 30% PSD = 29% BE = 10%
Taveiro
PS = 36% PSD = 24% BE = 11%
Torres de Vilela
PS = 31% PSD = 29% BE = 12%
Torres do Mondego
PS = 31% PSD = 22% BE = 13%
Trouxemil
PS = 35% PSD = 19% BE = 11%
Vil de Matos
PS = 37% PSD = 28% BE = 9%

RESULTADOS ELEITORAIS EM COIMBRA

PSD = 28,22%

PS = 26,84%

BE= 14,76%

CDU= 11%

CDS= 6,87%

RESULTADOS ELEITORAIS NACIONAIS CONTADOS VOTO A VOTO.

PSD = 1 128 715 - 31,7%

PS = 946 287 - 26,58%

BE = 381 945 - 10,73%

CDU = 379 659 - 10,66%

CDS/PP = 297 994 - 8,37%

09/06/2009

BLOCO DE ESQUERDA EM COIMBRA COM PERTO DE 15%


O resultado do Bloco de Esquerda em Coimbra, nas eleições Europeias, deve dar motivos a todos para uma profunda reflexão, sobretudo ao PS local.
Se estes resultados forem uma aproximação ao que pode suceder nas eleições legislativas e autárquicas, significa, portanto, que o Bloco de Esquerda pode eleger um deputado, roubado, julgo, ao PS, e pode mesmo eleger 1 a 2 vereadores para a Câmara Municipal, mais uma vez, roubados ao PS.


Talvez seja essa a vontade real dos conimbricenses, cansados de um PS irresponsável e incapaz de se rejuvenescer com protagonistas de créditos firmados, profissionalmente falando.
Talvez seja a resposta que os munícipes querem dar, por um lado, a uma coligação de direita que também foi uma desilusão, cheia de casos judiciais indignos e impróprios de uma Democracia consolidada. Talvez, por fim, seja a resposta que os eleitores querem dar à inexistência de uma verdadeira oposição que se conscitua como fiscalizadora de uma maioria que já se revelou indigna para continuar a abusar do poder absoluto.

08/06/2009

FUMO BRANCO? PS ESCOLHE SEU CANDIDATO AUTÁRQUICO.

Hoje o PS de Coimbra, qual escolha Papal, escolherá, aguardemos, o candidato a defrontar Carlos Encarnação.
É com grande esperança e muita expectativa que, na minha humilde qualidade de cidadão, espero por tal decisão. Não sem antes avisar que os cidadãos não são estúpidos e ao contrário do que um ex-dirigentes socialista referiu, o PS não tem necessariamente sempre 25%, mesmo que seja um cão com uma bandeira pregada no "cú".
Há um risco sério que o PS em Coimbra corre, que é o de ser ultrapassado pelo Bloco de Esquerda, qualquer que seja o(s) seu (sua) candidato(s). Serão votos de raiva e de veemente contestação à forma leviana como os actuais dirigentes do PS local defraudam as legitimas expectativas dos cidadãos.
Mas alguém, no seu perfeito juizo, pode considerar credíveis nomes como Paulo Valério, Carlos Cidade (antigo chefe de gabinete que Machado teve de levar por conta do acordo com os dissidentes do PCP, de onde veio) ou mesmo Mário Ruivo?
Já alguém parou para reflectir sobre os quase 15% de votos que o Bloco de Esquerda obteve em Coimbra nestas eleições europeias ? Já alguém parou para pensar que este pode bem ser um resultado a repetir nas legislativas e nas autárquicas?
Não terei a mínima dificldade em votar Bloco de Esquerda nas autárquicas e nas legislativas se isso for a solução para os cidadãos terem o direito a uma melhor oposição na Câmara e no Parlamento, já que o único partido com vocação de poder brinca descaradamente com os seus potenciais eleitores.
Pelo menos, melhor oposição resultará em melhor Democracia.

07/06/2009

VOTOS EM BRANCO DUPLICAM.


VOTOS EM BRANCO DUPLICAM.
QUE LEITURAS RETIRAR?

Os votos em branco duplicaram face às últimas eleições e este dado não é irrelevante.

É um dado que só se recusará a ler quem é autista. São votos de contestação e de revolta, em muitos casos, face às soluções que os partidos políticos dão no actual sistema Democrático, reafirmando que, provavelmente, ele não se constrói necessariamente apenas com partidos.
As pessoas que se dão ao trabalho de sair de casa e manifestar a sua posição
, votando em branco, devem ser levadas a sério, sobretudo se a maioria destes votantes for socialista, como julgamos.

AVISO SÉRIO À GOVERNABILIDADE.



É o prelúdio do que espera o Partido Socialista. Penso mesmo que pior que perder as eleições é a necessidade de ser forçado a conjugar esforços com Louça e o Bloco de Esquerda.

O resultado eleitoral do PSD, sendo de vitória para as eleições europeias, julgo que não se repetirá nas legislativas.
Os eleitores quiseram dizer a José Sócrates que a última palavra é deles, dos cidadãos.
A maior prova disso foi o aumento gigantesco dos votos em branco. São cidadãos que fizeram questão de sair e de votar, mas em branco, demonstrando o seu descontentamento por todas as soluções encontradas pelos partidos e demonstrando, cada vez mais, que os partidos podem não ser os únicos agentes da Democracia.
E quiseram dizer, também, ao PS e a José Sócrates que vencer as eleições legislativas sem maioria absoluta e com o actual painel dos partidos da esquerda em clara maioria parlamentar torna a governabilidade em sério risco.
Dificilmente PS e BE governarão juntos e muito dificilmente haverá estabilidade com eventuais acordos de incidência parlamentar com o BE e o PS.
Ao contrário, o PSD e o CDS juntos, se conseguirem assegurar essa tranquilidade, mesmo não vencendo as eleições, podem constituir Governo, e procurarão convencer Cavaco Silva disso mesmo.
Tudo isto para dizer que o PS e Sócrates devem reflectir muito seriamente nestes resultados e emendar a mão onde é necessário, por um lado, e, por outro, deve empenhar-se muito mais nas escolhas dos cabeças de lista às próximas eleições autárquicas. Se o não fizer, então os Portugueses saberão, tal como hoje, dar-lhe a devida resposta.

APARECEU O PRIMEIRO CANDIDATO ÀS AUTÁRQUICAS 09 PARA COIMBRA.

Apareceu o primeiro candidato autárquico para Coimbra 2009.
Horácio Pina Prata.
Horácio Pina Prata foi Vice-Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, pela coligação PSD/CDS/PPM, sendo escolha de Carlos Encanação.
Não foi preciso muito para que Horácio Pina Prata se incompatibilizasse com o Presidente Encarnação, à semelhança de outros correligionários, e batesse com a porta.
Indo ao encontro do que defende, e seguindo uma linha coerente, Pina Prata parece que é de facto candidato à Presidência da Câmara Municipal de Coimbra.
Como cidadão, devo confessar, não me identifico, em especial, com o estilo de Pina Prata. Não estou, para já, a pensar votar nele. Trata-se, de facto, de um voluntarista, de um homem com iniciativa, características importantes num autarca. Contudo, o seu estilo truculento e, por vezes, ziguezagueante impedem-me que confie o meu voto ao seu projecto político, apesar de lhe louvar a coragem.
É, portanto, uma candidatura importante. Apesar de não estar a pensar votar nele, espero que o seu projecto político o consiga eleger pois desempenhará um importantíssimo papel de fiscalizador da actividade municipal.
Ainda aguardo uma solução credível, forte, transparente, com ideias capazes de serem concretizadas, por quem é capaz de construir uma grande equipa que sabe fazer. Espero o aparecimento de uma candidatura nivelada por cima e não mais do mesmo.
Ora, essa responsabilidade compete sobretudo ao PS e, por isso, na qualidade de cidadão que Ama Coimbra, não posso conceber qualquer outra saída que não seja a deste partido assumir a sua responsabilidade e oferecer a Coimbra um grande candidato, que, obviamente, não será protagonizada por Henrique Fernandes.
O actual Governador Civil devia ter vergonha de sair à rua para falar que está a controlar o processo eleitoral autárquico. Um homem que já disse, de forma clara, que dificilmente é candidato (mesmo antes de o dizer achava-o um péssimo candidato) e que a água não passa duas vezes por baixo da mesma ponte. Um homem que é completamente silencioso quanto à desgraça que tem sido este último mandato de Encarnação. Um homem que nunca foi capaz de ser Presidente do PS-Coimbra e nessa qualidade fazer oposição. Um homem que tinha a ideia de ser possível às 2.ªs e 3.ªs feiras representar o Governo no distrito e conversar com Encarnação, sendo solidário com os problemas que o Presidente da Câmara lhe transporta e às 4.ªs e 5.ªs feiras ser forte e feroz oposição à coligação de direita na Câmara de Coimbra, deixando as 6.ªs feitas para negociar o seu lugar na próxima lista de deputados.
Não vou, pois, comentar os restantes nomes que lentamente são jogados para as páginas dos jornais, sobretudo o último deles que releva uma total irresponsabilidade e já toca a falta de respeito por Coimbra, admitindo tratar-se de uma brincadeira de garotos.
Vamos ver o que faz o Presidente da distrital rosa desta vez. Se nada fizer é porque concorda com os métodos e as escolhas por isso será solidariamente responsável por mais 4 anos de agonia, por mais alguns milhares de abandonos de jovens quadros que deixarão Coimbra.

05/06/2009

política com "p" pequeno


"a pequena política dos pequenos políticos"

As eleições europeias estão à porta e os resultados não surpreenderão pois, estranhamente, o PS pode ganhar em cima da linha ou perder por um fio, pelo que qualquer um dos resultados são possíveis. É o desgaste natural de quem, no Governo, tomou medidas difíceis, umas com as quais concordo, outras, claramente, precipitadas e próprias de quem não amadureceu e reflectiu tecnicamente bem nas soluções que acabou por tomar.

No rescaldo, pesarão mais a contabilização do que correu mal do que as decisões difíceis que se impunham e foram úteis ao país.

Justiça seja feita a José Sócrates. Nunca Portugal teve um PM que de uma coisa não pode ser acusado: de não ser capaz de decidir. Acho mesmo que poderá ser acusado do inverso, isto é, de decidir leviana e apressadamente sobre assuntos que mereceriam, dos gabinetes dos senhores membros do Governo, alguma maturidade de análise, muito mais conhecimento técnico, nalguns casos, e a necessária dose de reflexão, antes da tomada de decisão.

Por força da consultadoria que presto a algumas grandes empresas e ao contacto que tenho tido com ante-projectos de diplomas legislativos, bem como, atendendo aos contactos estebelecidos com alguns gabinetes governamentais, posso adiantar que a percepção que tive e tenho é a de que esta última fase de Governação Socialista começa a ser confrangedora mesmo para quem, inicialmente, como eu, apoiou incondicionalmente este Governo e o seu PM.

Hoje o que vejo é uma abrupta diminuição qualitativa dos membros escolhidos para os gabinetes dos membros do Governo. Os próprios membros do Governo, que, no início, faziam questão de demonstrar alguma diferença ética e de desapego face às mordomias que os respectivos cargos conferem, em comparação com o que sucedeu com membros de anteriores executivos, já estão na chamada "roda livre", onde tudo é feito sem o menor pudor e com o máximo descaramento. Motoristas ao serviço de familiares, almoçaradas e jantaradas, milhas ganhas com as viagens de Estado, aproveitadas para benefício próprio!

Enfim, triste sina a nossa!
É o nosso país real.

Este Domingo, pela primeira vez, VOTAREI EM BRANCO pois é a forma mais democrática que encontro para manifestar a minha mais veemente contestação e repúdio por tais atitudes e comportamentos. Também corresponde ao meu desagrado face à forma como nenhum partido quis discutir as questões europeias, como seria suposto.
A esses políticos de "p" pequenino relembro que quando tudo passar (e se há coisa certa na vida de um político é de que um dia tudo passa) eles serão exactamnte iguais a qualquer português (e em alguns , muitos, casos, terão mesmo mais dificuldades que o comum do português, e, nesse dia, quem sabe, receberão, pela medida certa, as devidas respostas aos seus comportamentos, no exercício do poder.

04/06/2009

É PARA RIR OU PARA LEVAR A SÉRIO? OS CIDADÃOS DE COIMBRA ESTÃO ENTREGUES A UM PARTIDO DE "GAROTOS IRRESPONSÁVEIS".

Quem é Paulo Valério?
Segundo um semanário regional, os socialistas falam da hipótese Paulo Valério.
Bom, confesso que quando li a notícia não dei a devida importância pois não sabia quem era.
Como entendo que o PS é o único partido de poder que pode vir a constituir-se como real alternativa ao poder de Encarnação, em quem eu já votei, fui indagar quem seria o "ilustre" alegado candidato a candidato.
Fiquei a saber que se trata, afinal de um militante da Juventude Socialista e adjunto do Governador Civil, Henrique Fernandes, recem-licenciado em Direito, já durante o exercício de funções no Governo Civil. Paulo Valério é o jovem que se pode ver à esquerda, na foto.
É este o candidato que Henrique Fernandes pretende? Bom, das duas uma: ou está a brincar e, simultaneamente, não tem qualquer respeito pelos cidadãos de Coimbra, ou este nome surgiu do nada e não tem qualquer fundo de verdade.
Henrique Fernandes parece não fazer qualquer ideia do que é Governar um Município!

Não estranho.

Apesar de ter sido Vereador do PS na década de 90, a sua experiência autárquica não foi propriamente bem sucedida.
Como cidadão o que posso dizer é que, para mim, Henrique Fernandes é o único grande responsável pela desgraça em que se transformou o processo de escolha de candidato para fazer face a 8 anos de liderança PSD/CDS/PPM, na Câmara de Coimbra.

02/06/2009

TRATADO DE LISBOA E O TRATADO CONSTITUCIONAL NAS ELEIÇÕES EUROPEIAS


O Tratado de Lisboa, apresentado pela Presidência Portuguesa no decurso da Cimeira Intergovernamental (CIG), de Dezembro de 2007, surge como reflexo de um desejo dos líderes europeus de ultrapassar o período de reflexão em que a União Europeia (UE) mergulhou após os referendos francês e holandês ao Tratado Constitucional (TC). Neste sentido, é em comparação com este documento que o Tratado de Lisboa deve, sobretudo, ser analisado, e não com as versões de Nice do Tratado da União Europeia (TUE) e do Tratado que institui a Comunidade Económica Europeia (TCE), agora rebaptizado de Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE).
Esta questão ganha ainda mais sentido nos domínios da segurança e defesa, na medida em que o TC, mais do que reconhecer de iure os avanços verificados pela Política Europeia de Segurança e Defesa (PESD) nos anos que o precederam, adoptava um conjunto de disposições que colocavam estes domínios num plano superior das preocupações europeias – no espírito, aliás, da Declaração de Laeken. Um bom exemplo disso é a inclusão de importantes artigos relativos à PESD na Primeira Parte deste documento, relativa à definição, princípios e objectivos da União.

Uma leitura do articulado do Tratado de Lisboa relativo à segurança e defesa permite perceber que é, em grande medida, decalcado do TC. A maioria dos artigos é integralmente adoptada pelo novo Tratado, confirmando a ideia que esta parte do TC foi das que gerou mais consenso entre os líderes europeus durante a Convenção e a CIG que se lhe seguiu. Desde logo ressalta a adopção da expressão «Política Comum de Segurança e Defesa» (PCSD), como já sucedia no TC, em lugar de PESD, sigla adoptada no Conselho Europeu de Colónia em 1999.


UM ARTIGO CRUCIAL

O conteúdo do artigo I-41 TC é retomado quase na sua totalidade na nova redacção do artigo 42 TUE, relativo às disposições mais relevantes nos domínios da segurança e defesa.
Em traços gerais, este artigo 42 TUE reconhece que a «política comum de segurança e defesa garante à União uma capacidade operacional apoiada em meios civis e militares», que poderá ser empregue «em missões no exterior a fim de assegurar a manutenção da paz, a prevenção de conflitos e o reforço da segurança internacional», desde que tal seja feito «de acordo com os princípios da Carta das Nações Unidas». Esta política comum de segurança e defesa «inclui a definição gradual de uma política de defesa comum».
Os Estados-membros comprometem-se a colocar à disposição da UE capacidades civis e militares, ao mesmo tempo que assumem o compromisso de, progressivamente, melhorar as suas capacidades militares; para tal contribui a Agência Europeia de Defesa, regulada integralmente nos mesmos termos em que o era no TC .

As disposições mais relevantes deste artigo estão presentes nos pontos 6 e 7. No primeiro caso, estabelece-se a possibilidade de criação de uma «cooperação estruturada permanente no âmbito da União», entre os Estados-membros «cujas capacidades militares preencham critérios mais elevados e que tenham assumido compromissos mais vinculativos na matéria tendo em vista a realização das missões mais exigentes», nos exactos termos já gizados no artigo I-46, n.º 6 TC.

CLAUSULA DE SOLIDARIEDADE

Uma das disposições mais importantes introduzidas pelo TC foi a criação de uma cláusula de solidariedade, regulada nos artigos I-43 e III-329, e transposta integralmente pelo Tratado de Lisboa, que, no entanto, não a inseriu no TUE mas antes no TFUE. Esta cláusula segundo a qual a União e os seus Estados-membros actuarão em conjunto, num espírito de solidariedade, se um Estado membro for vítima de um ataque terrorista ou vítima de uma catástrofe natural ou de origem humana, encontra-se agora na nova Parte V do TFUE, sobre a «Acção Externa da União», que adita um conjunto de novos artigos a este Tratado.

Assim, a cláusula de solidariedade está presentemente inscrita no artigo 222 TFUE e retoma o essencial do conteúdo das normas introduzidas pelo TC, acrescentando disposições relativas ao seu funcionamento na prática, que deverá envolver todas as principais instituições europeias, nomeadamente o Alto-Representante, a Comissão, o Parlamento e o Conselho, que será assistido pelo Comité Político e de Segurança e pelo Comité Permanente, criado para prestar assistência na área da segurança interna.

FLEXIBILIDADE

À semelhança do que sucedia com o TC, a questão da flexibilidade é a nota dominante em toda a nova arquitectura europeia de segurança e defesa. A ideia aqui presente é, naturalmente, adequar o funcionamento da União ao facto de ser constituída por 27 Estados-membros, circunstância esta que dificulta a obtenção de consensos nas matérias mais controversas. Mais do que um exclusivo da segurança e defesa, a flexibilização do funcionamento da UE é uma característica inerente a todo o Tratado de Lisboa, que retoma esta ideia já avançada pelo TC .


ELEIÇÕES EUROPEIAS 2009

São as mais fracas, do ponto de vista da discussão das ideias, de sempre.
Nunca pensei que o Professor Vital Moreira, meu professor na Faculdade de Direito de Coimbra, pudesse usar um estilo tão brejeiro, oco de conteúdo e tão cheio de "sound bites" políticos.
Nenhum cabeça de lista, nesta campanha eleitoral, discutiu qualquer assunto "quente" e importante com que a Europa se debate nos dias de hoje. Para mim, enquanto português, considero-me ofendido e enganado enquanto cidadão.
Que nenhum político ou aprendiz de político (como é o Prof. Vital) me venha dizer, num futuro próximo, que os portugueses não são capazes de decidir e compreender o Tratado de Lisboa ou qualquer outro Tratado que trate da Constituição Europeia, pois seria neste espaço político (Eleições Europeias) que os responsáveis políticos deveriam vir esclarecer o seu povo eleitor.
Posto o que, no próximo Domingo VOTAREI EM BRANCO.

ÁFRICA NÃO PODE SER VISTA COMO A GALINHA DOS OVOS DE OURO. ATÉ PORQUE NÃO É.



A crise financeira e económica global irá afectar, previsivelmente, os países em desenvolvimento (PED) de uma forma particularmente aguda e perniciosa, uma vez que estes países estão, à partida, menos equipados para protegerem as suas economias, combaterem os efeitos da crise e responderem de forma adequada a uma combinação complexa de vulnerabilidades internas e externas.

A crise financeira veio juntar-se aos efeitos nefastos da crise alimentar e agrícola, que levou, em 2008, a um agravamento das despesas para vários países importadores líquidos de bens alimentares.
Em África, a subida dos preços dos bens alimentares trouxe uma lição importante: o choque afectou directamente os grupos e agregados familiares mais pobres e causou também problemas políticos, tensões sociais e desequilíbrios macro-económicos (por exemplo, na balança de pagamentos e nos orçamentos de Estado), demonstrando a interdependência dos problemas.

Para os países exportadores de petróleo, a volatilidade dos preços desta matéria-prima, em particular desde o início de 2009, alertou para a vulnerabilidade do crescimento baseado em economias de enclave, que poucos reflexos têm na criação de emprego ou na geração endógena de riqueza.

Embora o impacto da crise global esteja ainda, em grande medida, por avaliar nestes países, as estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontam para um custo de mil milhões de dólares em perdas de crescimento e o Banco Mundial alerta para a possibilidade da crise acrescentar mais 53 milhões de pessoas àquelas que actualmente vivem com menos de dois dólares por dia.

As reservas da totalidade do continente africano equivalem às da Noruega, o que demonstra a incapacidade para responder a uma crise prolongada.

Os países africanos, em particular, estão numa posição ainda menos favorável, dada a evolução lenta dos indicadores sociais (que não têm correspondido às altas taxas de crescimento económico da generalidade do continente nos últimos anos) e a própria estrutura das economias: pouco diversificadas e muito dependentes do exterior. Se juntarmos a estes factores a existência generalizada de fenómenos de fragilidade do Estado, que se manifestam nas fracas capacidades institucionais de resposta às necessidades básicas dos cidadãos, poderemos antecipar os efeitos negativos da presente crise nas perspectivas de estabilidade política e económica destes países.
As previsões de crescimento reflectem esta evolução: as economias avançadas terão um crescimento negativo acima de 1,7% em 2009; nas economias emergentes e em desenvolvimento (excluindo a África Subsaariana) a queda será de 6,3% para 3,3% de crescimento do PIB; e na África Subsaariana as projecções do FMI apontam para uma descida de pouco mais de 5% em 2008, para cerca de 3,2% – cerca de 3 pontos percentuais abaixo dos números previstos há cerca de um ano .

A crise terá previsivelmente efeitos negativos de longo-prazo, especialmente para países fortemente dependentes dos recursos externos, como acontece com a maioria dos Estados africanos. Segundo dados recentes, os Países Menos Avançados, de uma forma geral, registam uma grande dificuldade em mobilizar poupanças domésticas e em as aplicar de forma produtiva (a poupança interna equivale a menos de 15% do PIB), conjugado com um grande peso dos fluxos externos na formação de capital fixo (a ajuda ao desenvolvimento e o IDE representam cerca de dois terços, em média, do investimento na economia).

Por enquanto, a procura de soluções e a disponibilização de recursos para as economias emergentes e para os países mais pobres parece não ser uma prioridade internacional. Para que as medidas acordadas tenham efeitos positivos nos PED, é necessário que:
I. Todas as medidas de resposta à crise económica e financeira tenham em consideração as necessidades dos países em desenvolvimento, nomeadamente dos países menos avançados e dos países de baixo rendimento (Least Developed Countries e Low Income Countries);
II. O desenvolvimento seja considerado um elemento central da governação global, uma vez que a crise veio demonstrar não existir separação entre as preocupações económicas globais e as de desenvolvimento;
III - Exista uma abordagem de inclusão na governação económica mundial, uma vez que as soluções globais nunca poderão ser verdadeiramente abrangentes se não forem também inclusivas de diversas sensibilidades e interesses;
IV. Exista uma vontade política forte e uma liderança efectiva na implementação das acções necessárias.
Ora aqui está um excelente tema para os senhores e as senhoras candidatos a deputados europeus discutirem, pois o espaço europeu tem obrigatória e necessariamente de encontrar, com criatividade e inteligência, condições de diálogo com os restantes continentes.

NINGUÉM DISCUTE A EUROPA. NÃO HAVERÁ NADA PARA DISCUTIR?


Já notaram que nenhum partido discute a Europa?
Não haverá nada para discutir?
Bom, como cidadão do mundo acho que há muita coisa a ser discutida. Mas por que motivo nenhum partido, com maior ou menor responsabilidade, discute os temas "quentes" da Europa enquanto espaço geo-político que enfrenta graves problemas para os quais são urgentes tomadas de decisão política?
Só encontro uma razão para o silêncio sobre as questões europeias e a preferência pela "caldeirada" de "bitates" sobre política nacional. A razão é, até, simples. Corresponde à gigantesca irresponsabilidade da generalidade, para não falar de todos, os políticos no activo, do PS ou PSD, do CDS à CDU e sem esquecer o BE, sim até o BE.
Todos querem fazer destas eleições umas "primárias" ao Governo Socialista. Até o Governo Socialista!
Só não compreendo como, sistematicamente, quando está em causa a necessidade de ouvir os cidadãos sobre importantes questões europeias, os políticos têm a lata de dizer que os portugueses não estão em condições de discutir esses temas pela sua complexidade!
Não são os períodos de campanha eleitoral para o Parlamento Europeu escelentes alturas para os políticos irem esclarecendo os seus "subditos"?