20/06/2009

É BOM TER MEMÓRIA.

Manuela Ferreira Leite, economista, 69 anos, entrou para o PSD pela mão do Presidente da República, Cavaco Silva, seu grande amigo e principal referência política. chegou ao poder do PSD, sagrando-se a primeira mulher a chegar à presidência do partido, não sem antes ter sido Ministra da Educação e Ministra das Finanças.
Maria Manuela Dias Ferreira Leite nasceu em Lisboa a 3 de Dezembro de 1940, com 69 anos, filha de um casal de advogados e neta do protagonista do «último duelo realizado em Portugal» e autor de um Tratado de Finanças Públicas.

A tradição familiar na área das Finanças vai ainda mais longe no tempo. Manuela Ferreira Leite é bisneta de José Dias Ferreira, que foi ministro da Fazenda do rei D. Carlos, que o nomearia presidente do Conselho em 1892.

Licenciou-se em Economia pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF) em 1963 e pouco depois conheceu Cavaco Silva, com quem dividiu aulas práticas de Finanças Públicas e Economia Pública e de quem foi chefe de gabinete quando este exerceu o cargo de ministro das Finanças de Sá Carneiro.

Manuela Ferreira Leite filiou-se no PSD alguns anos mais tarde, depois de Cavaco Silva se tornar presidente do partido no Congresso da Figueira da Foz de 1985 - momento a que assistiu pela televisão.

A seguir, foi directora-geral da Contabilidade Pública, secretária de Estado do Orçamento e ministra da Educação dos governos de maioria absoluta do PSD chefiados pelo actual Presidente da República.

Depois dos governos cavaquistas, Manuela Ferreira Leite foi deputada da oposição, vice-presidente e presidente do grupo parlamentar do PSD e liderou a distrital do partido de Lisboa.

Voltou ao Governo em 2002 para ser a «número dois» de Durão Barroso, desempenhando as funções de ministra de Estado e das Finanças.

Afastou-se de cargos políticos quando Pedro Santana Lopes substituiu Durão Barroso na liderança do Governo e do PSD em 2004, tecendo duras críticas a tal solução, não obstante , aos dias de hoje, ter sido ela a responsável por trazer, de novo, Pedro Santana Lopes para um dos maiores palcos políticos portugueses, como candidato à Câmara Municipal que arruinou nos anos em que lhe presidiu (quem disse que queria "Falar Verdade" aos portugueses? e quem disse que a coerência política era o maior valor político a proteger?)

Amanhã recordarei algumas passagens de Ferreira Leite pelo governo, relembrando algumas das suas polémicas medidas e reacções que deixaram a sociedade portuguesa, à época, em estado de grande tumulto social, motivando o cognome de "dama de ferro" portuguesa.

É sempre bom tem memória, ajuda-nos a discernir!

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